RH
August 20, 2025

IA e humano: um casamento perfeito? Insights do CONARH 2025

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August 20, 2025
Niky

No Palco 4 do segundo dia de CONARH 2025, Alex Dantas (Founder/CEO da Circuit Launch), Gustavo Torrente (Head de Educação Corporativa da Alura+FIAP para Empresas) e Natalia Amancio (AI Go-to-Market Executive do Google) discutiram como combinar escala da tecnologia com o julgamento humano — e o que isso significa para carreiras, negócios e RH.

Máquina dá escala. Humano dá contexto.

Gustavo abriu o painel com um alerta simples e poderoso:

“A máquina dá escala, mas o ser humano dá contexto. O problema não é só a IA errar, é o humano não saber que ela errou.”

Tradução prática: pensamento crítico virou competência-base para avaliar saídas de IA.

Casamento… com data para mudar?

Para Alex, chamar de “casamento perfeito” pode ser temporário. Ele descreveu três fases:

  1. Agora: automação de tarefas repetitivas e apoio gerencial.

  2. Próximo ciclo (~5 anos): salto de capacidade que tornará obsoletas partes do trabalho atual.

  3. Fase adiante: IAs que aprendem sozinhas, reduzindo dependência humana.
“Se hoje parece casamento, no futuro pode virar divórcio quando a IA não precisar mais do humano.”

Empregos, refatoração e times menores

Gustavo trouxe o lado duro: demissões recentes mostram reconfiguração do trabalho. No curto prazo, estar atualizado é essencial.
Alex complementou:

  • Cargos de entrada serão os mais automatizados.

  • Haverá refatoração das funções nos próximos 36 meses.

  • Surgirão empresas enxutas, nascidas já com IA no núcleo.

IA como antídoto à burocracia (sem perder o fit humano)

Gustavo: grandes empresas ganham ao usar IA na triagem de alto volume (ex.: 10 mil currículos). O fit cultural e a entrevista ao vivo continuam com pessoas — inclusive para vigiar vieses de dados e de quem programa.

A partir disso, surgiu a discussão sobre upskilling com hiperpersonalização: se a Netflix personaliza tudo, por que treinamos todo mundo igual?

  • IA cria trilhas sob medida, ajusta conteúdo ao ritmo de cada pessoa.

  • O facilitador humano conecta aprendizado ao negócio e ajuda a montar o “kit de ferramentas” aplicável no trabalho.

Depois dos 35: dá para se adaptar?

Gustavo: a bagagem conta muito. Quem entende o negócio (scripts, objeções, contexto) treina a IA e amplia impacto. A experiência vira combustível — desde que se aprenda a usar as novas ferramentas.

Alex provocou: máquinas já “parecem” empáticas; em breve vão convencer. Então, o diferencial humano estará em construir vínculos reais, cultivar redes, propósito e colaboração. Relacionamento vira soft skill crítica.

IA no dia a dia: casos da Google

Natalia mostrou ganhos práticos:

  • Sumarizar bases e e-mails em minutos para focar no que importa.

  • Acelerar análises sem perder o crivo humano.

“A opinião da IA sozinha não me importa. Importa a minha, construída a partir dos dados que ela organiza.”

Riscos, corrida geopolítica e governança

Alex acredita que organizações rodadas por IAs são inevitáveis — o foco deve ser quem desenvolve e como vamos usar. Já Gustavo mencionou que há uma corrida geopolítica com unidades possivelmente anos à frente. Investimentos dos próximos 6–24 meses trarão descobertas que ainda nem imaginamos.

E como começar (de verdade) na sua empresa?

Passos práticos sugeridos no painel:

  • Letramento em IA: alinhar conceitos, limites e cases.
  • Mapa de dados: quais você tem, quais pode usar.
  • Escolha de casos que mexem o ponteiro (processos repetitivos e gargalos reais).
  • Humano no loop para fit, ética e decisões.
  • Combinar pensamento crítico + IE/autoconhecimento para reduzir viés.
  • Prompts e role-playing para treinar RH (ex.: entrevistas tech simuladas com IA).

Sem desumanizar processos

Gustavo resumiu: tudo que puder ser automatizado será — o jogo é separar trabalho de máquina de trabalho de gente. Conversas difíceis e antecipação de dilemas éticos precisam entrar já na pauta.

Alex fechou com visão de futuro:

“Estamos entrando numa economia de colaboração. Talvez todos sejamos ‘chefes’ das nossas IAs.”

A mensagem do painel conversa diretamente com a Niky: dados + personalização + humano no centro. Multibenefícios flexíveis ajudam a sustentar upskilling contínuo, cuidar da saúde mental e manter engajamento em um trabalho cada vez mais mediado por IA.

Seu RH mais estratégico começa com escolhas inteligentes

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