No Palco 4 do CONARH 2025, a mesa-redonda “Gestão de Talentos Globais: Como Construir Equipes Multiculturais e Diversificadas” reuniu Eduardo Paiva (Diretor de Diversidade, Equidade e Inclusão da L’Oréal no Brasil), Jéssica Matsumoto (People Journey & Culture Global Director no Nubank) e Olga Martinez (sócia-fundadora da Amélie Consultoria). O debate trouxe reflexões práticas sobre como organizações globais podem valorizar diferenças culturais e transformar diversidade em vantagem competitiva.
Jéssica destacou que a pandemia acelerou a ideia de talentos globais:
“Hoje, as pessoas podem trabalhar de qualquer lugar. O talento não tem fronteiras.”
Ela ressaltou, porém, que o desafio não é apenas contratar em escala global, mas estruturar times com diferentes bagagens em uma mesma cultura organizacional.
Eduardo complementou com a perspectiva brasileira:
“O Brasil é espelho para o mundo. Nossa diversidade é essencial para estruturar times globais, especialmente no setor de beleza.”
Olga trouxe a vivência de times multiculturais e alertou para as dinâmicas de poder invisíveis:
“A nacionalidade pode virar uma dinâmica de poder. Às vezes, até o fuso horário do chefe define pequenas tiranias.”
Os palestrantes compartilharam práticas concretas.
“Começamos dos times para transformar o negócio. O Brasil é o quarto mercado de beleza do mundo e um dos sete hubs globais de inovação.”
“Com inteligência artificial, criamos um marketplace interno que revela habilidades escondidas entre nossos 9 mil colaboradores.”
Esse sistema ajuda a alocar talentos em novos projetos, conectar carreiras e criar oportunidades de desenvolvimento personalizadas.
“Um líder forte em um contexto pode não funcionar em outro. A chave é flexibilidade, comunicação e propósito compartilhado.”
Eduardo foi direto ao ponto:
“Diversidade não é só o certo a se fazer, é uma alavanca de negócios. O racismo, por exemplo, reduz vendas. Resolver isso tem valor econômico.”
Ele também reforçou a necessidade de recrutamentos intencionais e programas de capacitação para preparar pessoas negras para cargos de liderança, incluindo iniciativas de ensino de inglês patrocinadas pela L’Oréal.
Olga trouxe exemplos de outros setores para mostrar como convencer líderes resistentes exige dados e pesquisa:
“No whisky, havia um protecionismo cultural. Foi preciso pesquisa e resultados concretos para abrir espaço para novas categorias e mercados.”
Um dos pontos críticos debatidos foi o idioma.
“Quando se trabalha com muitas nacionalidades, o inglês vira barreira real. Quem não fala encontra limitações, e as empresas precisam apoiar”, disse Jéssica.
Olga reforçou que não adianta ter diretrizes globais que não funcionam no contexto local:
“Não adianta ser lindo em Paris e não rolar no Brasil. As empresas precisam adaptar práticas à realidade de cada mercado.”
O consenso do painel foi claro: diversidade e multiculturalidade não são apenas bandeiras sociais, mas estratégias de crescimento.
“Diversidade é agência de soma. Quanto mais perspectivas, mais inovação e resultados,” concluiu Eduardo.
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