As férias são um direito fundamental previsto pela CLT e um dos momentos mais aguardados pelos colaboradores. Mas tão importante quanto o descanso, é o retorno ao trabalho. Esse momento exige planejamento e cuidado — tanto por parte do colaborador quanto da empresa.
Retomar a rotina, reorganizar tarefas e se reconectar com as equipes nem sempre é simples. Por isso, empresas que se antecipam e estruturam esse processo têm mais chances de manter a produtividade e o bem-estar da equipe no pós-férias.
Neste artigo, mostramos como funciona o retorno das férias e reunimos boas práticas para tornar esse momento mais leve, eficiente e acolhedor.
Como funciona o retorno de férias na prática?
Após completar 12 meses de trabalho, o colaborador CLT tem direito a 30 dias de férias remuneradas. Ao final do período, ele deve retomar suas atividades na data estabelecida no aviso de férias — exceto quando a data coincidir com domingo ou feriado, nesse caso, o retorno ocorre no próximo dia útil.
Durante a ausência, a empresa continua operando e, inevitavelmente, mudanças acontecem: novas demandas surgem, metas são ajustadas, pessoas entram e saem da equipe.
Por isso, o retorno precisa ser encarado como um processo de reintegração, não apenas como “voltar ao trabalho”.
Por que o retorno de férias pode ser desafiador?
É natural que o colaborador precise de alguns dias para readquirir o ritmo de trabalho. Além de lidar com o acúmulo de tarefas, ele pode enfrentar mudanças no time, atualizações de processos e até um novo cenário de prioridades.
A ausência de acolhimento ou sobrecarga logo no retorno pode gerar estresse, ansiedade e afetar o desempenho — tanto individual quanto coletivo.
Dicas para as empresas organizarem um bom retorno de férias
Um retorno estruturado é responsabilidade conjunta entre RH, lideranças e o próprio colaborador. Veja ações práticas que ajudam nesse processo:
- Alinhamento prévio com o time
Antes do retorno, o gestor direto pode compartilhar um resumo do que aconteceu durante a ausência do colaborador. Isso evita surpresas e ajuda na retomada do contexto.
Inclua no briefing projetos iniciados ou concluídos, pendências urgentes, mudanças internas relevantes, reuniões agendadas para os próximos dias, etc.
- Organização das tarefas por prioridade
Ao voltar, o colaborador deve receber uma agenda estruturada, com as entregas mais importantes priorizadas. Isso reduz o impacto de um volume alto de tarefas acumuladas.
- Para facilitar, utilize uma planilha ou ferramenta colaborativa, agende uma reunião de boas-vindas para orientar e evite marcar reuniões ou prazos apertados logo no primeiro dia.
- Integração gradual
Nos primeiros dias após as férias, adote uma retomada mais leve. Isso pode incluir flexibilidade no horário de entrada ou saída, pausas para leitura de e-mails e relatórios ou até mesmo tempo para revisar sistemas ou documentos antes de assumir novas entregas.
- Comunicação clara e acolhedora
Envolver o RH e a liderança direta na recepção é essencial. Um simples gesto de boas-vindas, como uma mensagem no grupo da equipe ou um café informal, pode fazer diferença no engajamento do colaborador.
Se possível, reforce o quanto a presença dele faz falta no time, bem como o valor da pausa e o incentivo ao equilíbrio vida-trabalho;
Questões legais sobre o retorno de férias
Dúvidas comuns costumam aparecer no processo de retorno das férias dos colaboradores. Aqui vão algumas das mais comuns:
- Quando o colaborador deve receber o pagamento das férias?
O valor das férias deve ser pago até dois dias antes do início do período de descanso, conforme determina a CLT.
- E se o retorno cair num domingo ou feriado?
Nesse caso, o funcionário deve voltar no próximo dia útil. Isso garante o cumprimento integral do descanso.
- Faltas no retorno geram desconto?
Sim. A falta não justificada no primeiro dia após as férias pode ser considerada injustificada, com desconto no salário e eventuais advertências — exceto em casos de atestado ou emergência comprovada.
- Existe estabilidade após as férias?
A CLT não prevê estabilidade no retorno, mas acordos coletivos podem estabelecer proteções temporárias. O ideal é consultar o sindicato da categoria ou o jurídico da empresa.
Retorno de férias e bem-estar: uma estratégia de engajamento
Mais do que uma obrigação legal, o retorno de férias pode se tornar um momento estratégico para reforçar o vínculo entre o colaborador e a empresa. Quando bem conduzido, ele gera mais motivação e foco, enquanto reduz o risco de burnout;
Adotar boas práticas nesse processo demonstra que a empresa valoriza seus talentos e está comprometida com a experiência do colaborador — dentro e fora do escritório.
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