Três dias intensos, dezenas de palcos e um fio condutor claro: dados e tecnologia só fazem sentido quando colocam as pessoas no centro. Da organização ao benefício, do jurídico ao recrutamento, a mensagem que ecoou foi de autoria e responsabilidade;
“Você não sobrevive ao futuro… você faz o design dele.” — Tom Falkowski (Accenture)
“Construa focado em pessoas, expanda com IA.” — Sankar Venkatraman (LinkedIn)
“Cultura não é estática: é construída todos os dias por líderes e times.” — Alexandre Benatti (T-Systems Brasil)
A seguir, nosso parecer geral do evento: temas que mais apareceram, o que aprendemos e como isso se conecta com a prática do RH.
Sankar Venkatraman (LinkedIn) provocou: 70% das habilidades vão mudar nos próximos 5 anos, mas apenas 11% dos profissionais usam IA de forma integrada. A tecnologia amplia escala; o humano dá contexto, como lembrou Gustavo Torrente (Alura+FIAP): “O problema não é só a IA errar, é o humano não saber que ela errou.”
O caminho? Upskilling com curadoria, RH como orquestrador entre tecnologia e cultura, e decisões orientadas por dados.
Tom Falkowski foi taxativo: organizações precisam ser redesenhadas com dados, tecnologia e gente, revisitando camadas, papéis e fluxos para ganhar agilidade. A liderança passa a ser capaz de pensar em sistemas e realinhar o design continuamente.
No painel com Mercado Livre, Polenghi e T-Systems, ficou claro que cultura não é estática: “é construída todos os dias por líderes e times” (Alexandre Benatti). Transparência (códigos que saem do papel), autoconhecimento da liderança e rituais de presença no híbrido mantêm o pertencimento.
Ou seja, flexibilidade deixa de ser benefício “legal”; vira estratégia de atração e retenção.
L’Oréal, Nubank e Amélie mostraram como diversidade vira produto, time e performance: do marketplace interno de talentos com IA (Nubank) a portfólios pensados para tons e cabelos reais do Brasil (L’Oréal).
Como resumiu Eduardo Paiva: “Diversidade é agência de soma. Quanto mais perspectivas, mais inovação e resultados.”
Tatiana Pimenta (Vittude), Débora Ferraz (Braskem) e Christian Cetera (Sírio-Libanês) apresentaram uma virada: psicoeducação, núcleos estruturados, indicadores e governança.
O dado que chacoalha gestores: 31% de presenteísmo nas empresas. A NR-1 traz mapeamento de riscos psicossociais, exigindo ação contínua (e não campanha mensal).
André Teixeira (FDC), Luciana Ezequiel (Maersk) e Mikkel Mergener (Dream Learn Work) mostraram como acordos coletivos dão segurança e pragmatismo: 1.715 acordos e 711 convenções regulam teletrabalho desde a pandemia. Igualdade salarial e autodeclaração racial exigem respostas reais. “Legislação não é obstáculo, é campo de estratégia.” (Luciana)
Do ensino médio-técnico (apenas 13% no Brasil vs. 40% na OCDE) à força do Investimento Social Privado (R$ 4,8 bilhões em 2024), os painéis mostraram que empresas podem educar, regenerar e inovar.
Programas de estágio conectados à realidade multiplicam inscrições e ampliam acesso.
A última magna cravou: inclusão é direito e estratégia. A Specialisterne já inseriu 10 mil autistas com retenção de ~90%; o Instituto Ser+ atendeu 40 mil jovens e chega a ~80% de efetivação nos programas mais recentes.
“Quem acolhe somos nós, gestores.” (Wandreza Bayona)
Sem plano, preparo da liderança e métricas, cota vira letra morta.
Gabriele Carlos (ZEISS) e Marcos Samaha (Tenda Atacado) mostraram que gente no centro e negócio no topo são a mesma estrada. Reputação, coerência e decisão com fatos sustentam o crescimento.
“RH não é só deixar pessoas felizes; a felicidade é consequência de decisões bem-feitas.” (Gabriele Carlos)
Ian Nunjara (VML) resumiu a urgência: sete gerações convivem hoje nas empresas. Linguagem, rituais e programas precisam refletir essa pluralidade. O VMLab mostrou que ajustar comunicação e práticas pode multiplicar por 10 as inscrições. “Se a empresa não se adapta em sua cultura, o talento vai para outra.”
Tudo o que atravessou o CONARH passa por benefícios como ferramenta de cultura: flexibilidade com regras claras, inclusão que vira prática, saúde mental com indicadores, educação que abre caminhos.
Com a plataforma de multibenefícios da Niky, o RH ganha:
No fim, benefício é cultura palpável: traduz valores, remove barreiras, atrai talentos e melhora a experiência de quem faz o negócio acontecer.
Fechamos o CONARH 2025 com otimismo pragmático: há muito trabalho pela frente, mas também caminhos claros. RH, tecnologia e liderança no mesmo projeto, com escuta e dados, têm potência para elevar performance e cuidar de gente… Ao mesmo tempo.
Agradecemos a quem passou no estande e acompanhou a cobertura!
Receba insights rápidos, ideias práticas e tendências de RH direto no seu e-mail. CTA - Cadastre-se na news da Niky!