Nos últimos anos, os modelos de deslocamento urbano mudaram. O que antes era centrado no transporte público tradicional, hoje abrange uma série de novas alternativas — de apps de carona a bicicletas compartilhadas. Nesse cenário, o auxílio mobilidade se destaca como um benefício moderno e flexível para empresas que querem cuidar do bem-estar dos seus colaboradores.
Mas o que exatamente é esse benefício? Ele substitui o vale-transporte? Como funciona na prática e o que a legislação diz sobre o assunto?
Neste artigo, você descobre os diferentes tipos de auxílio mobilidade, os cuidados legais e como implementar essa solução no seu pacote de benefícios.
O auxílio mobilidade é um benefício corporativo oferecido para apoiar o deslocamento dos colaboradores entre casa e trabalho. Diferente do vale-transporte, ele é mais flexível e pode ser utilizado em diversas modalidades de transporte:
A proposta é oferecer liberdade de escolha, adaptando o benefício às realidades individuais de cada profissional, especialmente em modelos híbridos ou com jornadas mais flexíveis.
Embora tanto o vale-transporte (VT) quanto o auxílio mobilidade tenham o mesmo propósito — assegurar que o empregado consiga se deslocar de casa para o trabalho e vice-versa — eles diferem em vários aspectos:
O vale-transporte é um benefício obrigatório, definido em lei, destinado exclusivamente ao uso em meios de transporte público (ônibus, metrô, trem, barcas, etc.). Seu formato é padronizado: o empregado precisa comprovar o trajeto e, em contrapartida, a empresa pode descontar até 6 % do salário bruto para ajudar a custear o benefício. Em essência, o VT é pouco flexível: só serve para passagens e não se adapta a mudanças de rota, horários ou necessidades pontuais do trabalhador.
Já o auxílio mobilidade é facultativo; ele só pode ser implantado quando há acordo individual ou coletivo entre empregador e colaborador. Por não estar preso à legislação específica do VT, o auxílio mobilidade permite financiar várias formas de locomoção — transporte público, aplicativos de corrida, bicicleta, patinete, estacionamento, combustível, dentre outros. Isso o torna mais versátil e ajustável ao dia a dia do profissional. Além disso, o valor pode ser arcado integralmente pela empresa, sem necessidade de desconto salarial, caso o acordo assim estipule.
Em resumo, o VT é uma obrigação legal focada apenas em passagens de transporte público, com desconto máximo de 6 %. O auxílio mobilidade, por sua vez, é opcional, abrangente e pode ser custeado 100 % pela organização, desde que exista um acordo formal substituindo o vale-transporte tradicional.
O vale-transporte é regulamentado pela Lei nº 7.418/1985, que estabelece a obrigatoriedade do benefício para deslocamentos em transporte coletivo público. Já o auxílio mobilidade não está detalhado por uma lei específica, mas encontra respaldo no artigo 458 da CLT, que permite a concessão de benefícios não considerados como salário, desde que voltados ao trabalho.
Isso significa que:
Por isso, é essencial formalizar a substituição por meio de um termo de concordância.
A forma mais prática de ofertar o auxílio mobilidade é por meio de um cartão de benefícios, como o NikyFlex. Essa solução funciona na modalidade crédito, e permite que o colaborador utilize o valor pré estabelecido em diferentes estabelecimentos permitidos, como:
Com o Cartão NikyFlex, por exemplo, a empresa pode ajustar as restrições de uso conforme sua política interna, e o controle é totalmente automatizado, sem gerar preocupações para o RH ou trazer riscos jurídicos e contábeis para o negócio.
Implementar o auxílio mobilidade pode trazer uma série de vantagens para os dois lados:
Para o colaborador:
Para a empresa:
Se a sua organização está pensando em adotar esse benefício, é importante seguir algumas etapas para garantir clareza e alinhamento:
A mobilidade urbana está em transformação — e as empresas que acompanham essa mudança saem na frente. Oferecer alternativas que respeitam a individualidade dos colaboradores fortalece a cultura organizacional, melhora a retenção de talentos e mostra que a empresa está conectada às novas necessidades da força de trabalho.
Mais do que um benefício prático, o auxílio mobilidade pode ser um diferencial competitivo na sua estratégia de gestão de pessoas.
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