No Palco 1 do último dia do CONARH 2025, o público ouviu uma provocação direta de Ian Nunjara, Head de Cultura, Inclusão e Impacto da VML: cultura organizacional é adaptação em movimento. Não apenas das pessoas em relação às empresas, mas também das empresas em relação às pessoas. Essa troca contínua é o que mantém as culturas vivas, capazes de acompanhar transformações sociais, tecnológicas e geracionais.
Para ilustrar, Ian trouxe uma experiência pessoal recente (seu casamento, há apenas três semanas) como metáfora de convivência, acolhimento e mudança. A lição é simples: a vida nos mostra o tempo todo que adaptação é de mão dupla. E no trabalho não é diferente.
Para Ian, cultura não é estática: é móvel. É um “conjunto de saberes, práticas e hábitos” que se atualiza conforme o contexto. Em 2025, com mudanças em ritmo acelerado, não é só o talento que se adapta à empresa; a empresa também precisa se adaptar ao talento, sob pena de perder as melhores pessoas no curto prazo.
“Se a empresa não se adapta, o talento simplesmente vai para outra.”
Formado em Direito no Rio, com passagens por Ambev e projetos no setor público, Ian contou que aprendeu a ser “camaleão” desde cedo, fosse vendendo balas no Complexo da Maré, fosse entrando na faculdade, ou ainda atuando em grandes organizações e estudando fora do país. A competência de ler contextos e ajustar linguagem virou diferencial profissional e, agora, parte do seu trabalho em cultura e inclusão.
Hoje, sete gerações convivem no mesmo ambiente organizacional. A IA reconfigura funções e relações; diversidade, propósito e ESG movem decisões de carreira; e atração/engajamento exigem algo além de salário.
A nova geração é revolucionária e as anteriores também foram, cada uma a seu modo. O ponto é não tratar cultura como bloco único: dentro de cada geração existem realidades distintas (classe, território, repertório). Intencionalidade passa a ser condição para incluir e performar.
Ian provoca: RH ainda reage mais do que propõe. O convite é virar a chave para um RH estratégico e humano, mapeando profissões e competências do futuro (3–5 anos), lendo tecnologia (a humana e a digital) e desenhando caminhos antes que a demanda chegue. É sair do “executar” para o “orquestrar”.
Isso inclui criar experiências que considerem o Brasil real, de múltiplos sotaques, acessos e vivências, algo que é tão cultural quanto lançar um manifesto. Linguagem é ambiente: define quem entra, quem permanece e quem participa.
Para materializar essa visão, a VML redesenhou o programa de estágio. O VMLAB foi criado “por quem ainda está começando, para questionar o que já está pronto”.
Resultado: 10x mais inscrições do que o modelo tradicional. Por quê?
A mensagem final de Ian ecoou no auditório: para atrair e engajar, adaptabilidade não é opção. É estratégia.
Na Niky, acreditamos que cultura é prática cotidiana. Por isso, nossos multibenefícios personalizáveis são desenhados para se adaptar às pessoas e aos contextos — exatamente como uma cultura viva deve fazer.
Adaptabilidade vira vantagem competitiva quando os benefícios traduzem a cultura. A cultura, por sua vez, atrai e sustenta talento.
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